MASSAS BÁSICAS DA CONFEITARIA: MASSAS SECAS:
DEFINICÄO:
São as massas compostas por
trigo, gorduras, sal , bem como um elemento de ligação que poderá ser: água,
leite, caldos ou reduções, chá , ou suco de frutas.
Sua maior característica é que
geralmente são textura crocante, desfazendo-se facilmente ao ser mordidas,
resultado da grande quantidade de gordura em sua composição. Isso as torna quebradiças (friáveis), daí a
denominação friables, usada por
alguns autores. Lembre-se de que a massa
folhada, apesar de integrar o grupo das massas secas, não deve ser incluída
entre as massas fliables.
·
Massa brisée:
Em sua
confecção é utilizada manteiga gelada, farinha de trigo, água gelada e gema,
misturados rapidamente, mesmo que restem alguns pedaços de manteiga não
incorporados; isto permitirá que a massa
apresente consistência leve, dando a impressão de ser quase “folhada“.
Quando acrescentado açúcar, esta massa torna-se massa brisée sucrée ou massa sucrée. Utilizada na
cozinha quente, e confeitaria como fundo de tortas, tartelettes, barquettes,
quiches, petits-fours, ramequins.
Na culinária francesa existe a
päte à foncer, muito parecida com a brisée diferindo daquela por ser
trabalhada à mão pelo menos duas vezes, o que lhe confere um aspecto mais
uniforme.
·
Massa sablée:
A palavra sable quer dizer areia em francês, daí algumas traduções citarem-na
como aerada. Seus ingredientes são
farinha de trigo, manteiga em consistência cremosa, ovo, açúcar de confeiteiro
e essência de baunilha. Esta massa deve
ser trabalhada até que todos os seus elementos estejam devidamente
ligados. É necessário que seja resfriada
antes do uso, que pode ser em biscoitos, tortas e tartelettes.
·
Massa “podre“
A popular
massa de empadinhas brasileiras era composta originalmente de banha, ovo
farinha de trigo e sal. Atualmente, a
banha foi substituída por óleo ou gorduras vegetais, havendo ainda receitas que
pedem a adição de manteiga ou aquelas que não usam ovo, e são acrescidas de
água ou caldos de carne ou frango.
·
Massa de Strudel:
A palavra
pode literalmente significar “enrolado“ , pois na verdade é um rolo de massa
com origem no império austro-húngaro.
Apesar de o Strudel de maçã, o famoso apfelstrudel, ser o mais
corriqueiro, pode-se faze-lo com os mais variados recheios doces e salgados,
incluindo-se até versões nacionais de manga, goiaba, banana, doce de mamão
verde e carnes seca com abóbora. Sua
massa é constituída de farinha de trigo, ovo, água morna, sal, manteiga ou
outra gordura e um aciculante (vinagre ou suco de limão).
O grande
segredo dessa massa é ser trabalhada com precisão e constância até atingir uma
consistência elástica, deixá-la descansar e em seguida abri-la manualmente com
a destreza de um tocador de acordeão até atingir a espessura de uma folha de
papel, quando então é untada e recheada, enrolada e levada a assar.
·
Massa filo (Phylo):
Presente na culinária
mediterrânea, em especial nas gregas e árabe-libanesas, é composta basicamente
de água e farinha de trigo. Seu aspecto
lembra a massa de Strudel , sendo
aberta até a espessura de uma folha. Utilizada
em preparos doces e salgados.
·
Massa folhada/ pâte feuilletée:
Genericamente, a massa folhada
consiste na adição de manteiga ou gordura em uma massa previamente
confeccionada sem gordura (détrempe), de forma a separá-la em “folhas“. Sob a ação do calor, a água transforma-se em
vapor, estufando as folhas da détrempe,
dando assim a estrutura característica à massa folhada. Existem diversos métodos que podem variar em
função da presença ou não de alguns ingredientes. Por exemplo, o método francês ou clássico determina que a manteiga usada ao
folhar seja sem adição de farinha; já o
método holandês, à matéria gordurosa usada ao folhar deve ser acrescentada
pequena porção de farinha de trigo. Existe
ainda uma versão rápida chamada folhada ao minuto ou semifolhada (feuilletage
rapide), na qual o método permanece o mesmo da massa tradicional, com a
diferença de que se deve usar margarina especial para folhados, que, por ser
mais firme, reduz o tempo necessário para as dobras, além do que suas
quantidades podem ser diminuídas.
Utilizada indistintamente na
cozinha quente, garde-manger e confeitaria, em allumettes, feuilletées, vol-au-vent, bouchées, Pithiviers,
mille-feuilles, jalousies, chaussons, palmiers, sacristains, tartes Tatin,
croissants.
Bibliografia:
Barreto, Ronaldo Lopes
Pontes
Passaporte para o sabor: tecnologia para a
elaboração de cardápios – 4ªª ed. – São Paulo: Editora SENAC São
Paulo, 2003.
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